segunda-feira, 12 de agosto de 2013

A Carta (Outra Vez Para Ela)

A gente se conheceu num acidente nada trágico. Foram algumas várias conversas pra finalmente saber quem era você. Mas nada tira a lembrança da primeira vez que nos vimos, você estava atrasada, como eu descobriria mais tarde, isso era sua marca registrada. Vimos um filme de um nome estranho, nem me lembro a história, porque o que importa aqui foi que, depois disso, só mais atrasos e mais conversas.

A distância sempre é um fator que pode atrapalhar, afinal é longe estar longe e longe, como eu ouvi numa peça, é um lugar que a gente nunca vai. E você veio! Você veio! Escondida atrás da parede da cozinha! Você, ali, sorrindo para uma grande surpresa que eu estragaria e você então sorriria mais ainda.

Quando dei por mim, já não via mais seu sorriso, mas a menção de seu nome, de uma possível visita, era meu sorriso que podia ser visto e isso nunca mudou. Palavras antigas ficam na minha cabeça "recebe-la-ei da mesma forma", foi isso que aconteceu, fiz do "às vezes" momentos eternos que sempre aconteciam sem nenhum espaço de tempo.

Acho que isso já diz pouco do muito, resume, assim, em suma, tudo. "Recebe-la-ei da mesma forma", já que pra mim não faz diferença se lhe vi ontem ou há 10 anos, você tem lugar marcado, cativo, sem possibilidade de troca. Entende? Muitas pessoas não, só que não importa, já que isso aqui não é pra elas, é pra você... outra vez, sempre mais uma.

MR

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