Eles estavam sentados no sofá dela. Carol
se acabava em lágrimas e Gustavo, sentado ao seu lado, a abraçava numa
tentativa falha de fazer a menina se sentir melhor.
Horas e horas, sem palavras, Gustavo não
sabia o que fazer com as lágrimas da amiga, a amiga não conseguia parar de
chorar. Gustavo a abraçava mais forte, então, num ato de desespero, para abafar
os soluços, trouxe a cabeça de sua amiga para junto de seu peito.
Ele já não escutava nada, talvez
finalmente Carol tenha se acalmado.
- Eu preciso de um coração. - disse Carol,
ela fez uma pausa, desencostou do peito do amigo, olho-o nos olhos e continuou
- Você me daria o seu?
- Me dê uma faca e ele é seu. - respondeu
Gustavo sem pestanejar.
Dias se passaram, talvez não muitos, e
Carol encontrou aos pés de sua porta uma caixa com um bilhete "para que
não lhe falte nada, para que não chore mais.". Ao abrir a caixa, Carol a
deixou cair, o conteudo foi ao chão e também Carol, que acompanhou com o olhar o coração rolar pela rua
e ser atropelado por um carro.
MR