quarta-feira, 26 de junho de 2013

um bilhete de amor

eu só queria te dizer que:
eu tenho registrada todas as suas expressões.
aquela de quando você ri de verdade
uma outra de quando você tá sério, mas não bravo.
a de quando você tá realmente bravo
e dá pra saber de longe .

P.S.: escrevi 10 páginas sobre você, mas essa é a parte mais importante.


Assinado, Eu.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Escuta Só...

Veja só, eu estava só andando, indo para onde devia, fazendo os mesmos passos, vendo a mesma paisagem. Então, lá estava ela, aquela amiga que há tempos não via, parada ali, esperando o nosso encontro marcado pelo acaso.
E novamente, veja só, escolhendo o mesmo caminho, sem mudar nada, quem me aparece? Uma tia há muito esquecida.
Vai parecer mentira agora, veja só, mesmo tudo, eu continuo igual e pá! A menina que sentava na minha frente no primário me reconhece na multidão.
E pra finalizar, você... a única pessoa que pedi ao destino pra me deixar próxima. Nunca houve encontro.


MR

terça-feira, 4 de junho de 2013

Pequenos Clichês

Um pouquinho de coragem,
quem diria que eu teria?
Um pouquinho de coragem!
Mesmo que só para uma viagem
eu tive esse pouquinho de coragem
Só por esse dia, minha alegria
do meu pouquinho...

MR

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Para que não lhe falte nada, Para que não chore mais

Eles estavam sentados no sofá dela. Carol se acabava em lágrimas e Gustavo, sentado ao seu lado, a abraçava numa tentativa falha de fazer a menina se sentir melhor. 
Horas e horas, sem palavras, Gustavo não sabia o que fazer com as lágrimas da amiga, a amiga não conseguia parar de chorar. Gustavo a abraçava mais forte, então, num ato de desespero, para abafar os soluços, trouxe a cabeça de sua amiga para junto de seu peito. 
Ele já não escutava nada, talvez finalmente Carol tenha se acalmado.
- Eu preciso de um coração. - disse Carol, ela fez uma pausa, desencostou do peito do amigo, olho-o nos olhos e continuou - Você me daria o seu?
- Me dê uma faca e ele é seu. - respondeu Gustavo sem pestanejar.

Dias se passaram, talvez não muitos, e Carol encontrou aos pés de sua porta uma caixa com um bilhete "para que não lhe falte nada, para que não chore mais.". Ao abrir a caixa, Carol a deixou cair, o conteudo foi ao chão e também Carol, que acompanhou com o olhar o coração rolar pela rua e ser atropelado por um carro.

MR

terça-feira, 28 de maio de 2013

das coisas que ela não conta.

    Júlia escrevia tudo em seu diário, todas as coisas do mundo. Quando o sol aparecia, ela via e escrevia. Quando a lua chegava, ela via e escrevia. Quando sentia o gosto de café com leite, ela sentia e escrevia. Quando sua mãe lhe contava histórias, ela ouvia e escrevia. Quando seu pai não vinha, ela sentia e escrevia. Quando ganhava um brinquedo, ela se alegrava e escrevia. Quando sua avó lhe fazia um bolo, ela comia e escrevia. Quando brigava com seu irmão, ela sentia raiva e escrevia.
   Mas Júlia não escreveu todas as coisas do mundo. Muitas das coisas ficaram jogadas pelo quarto quando o sol e a lua chegavam. Jogadas pelo ar quando sua mãe lhe contava a história. Jogadas nas ruas quando seu pai não vinha. Jogadas na estante quando ganhava um brinquedo. Jogadas na forma quando sua avó lhe fazia um bolo. Jogadas no espaço quando brigava com seu irmão.
  Era apenas Júlia.



P.R

domingo, 26 de maio de 2013

Para as Estrelas

Numa prece ao céu, em meio as lágrimas que correram, vi tudo claro. E se as estrelas sumiram, foi de vergonha, pois sei que elas jamais me abandonariam, não assim...

...por favor.

MR
parcele seus sonhos em 12 vezes sem juros
pague a primeira parcela só depois da primeira desilusão.


P.R